Lei Simplificada

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Prazo para sair do SPC



                     Eleazar de Souza, de Ribeirão Preto, SP, nos envia a seguinte pergunta:

                  "Ano retrasado eu comprei uma TV em uma loja no carnê e passado algum tempo fiquei sem pagar as prestações por ter ficado desempregado. A loja colocou o meu nome no SPC. No ano passado eu consegui outro serviço e paguei a dívida. Só que até agora eu estou no SPC. O que eu faço?"

               Olha, Eleazar, segundo o Código de Defesa do Consumidor, o prazo para o fornecedor retirar o nome do consumidor inadimplente dos órgãos de proteção ao crédito é de 5 dias após o pagamento. Se esse prazo não for respeitado, o consumidor pode requerer judicialmente a retirada do seu nome do Serviço de Proteção ao Crédito - quando deverá comprovar o pagamento -, além de poder ajuizar uma ação por dano moral contra a empresa responsável.









sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Dano moral de pessoa jurídica

Atenção: Antes de ler o texto abaixo, é interessante ler primeiro este aqui.



          Como já mencionamos anteriormente, quando alguém, mediante ação ou omissão, provoca danos a outrem, seja por culpa ou por dolo, caracteriza-se a chamada responsabilidade civil, que é a obrigação de reparar o dano. 

            Os danos decorrentes de ato ilícito podem ser: dano material, dano moral e dano estético. No presente texto, vamos nos ater ao dano moral. O dano moral, no caso das pessoas físicas, pode afetar tanto a honra subjetiva - dor emocional, humilhação, sofrimento - quanto a honra objetiva - nome, imagem, capacidade de obter crédito -.

            A questão que se coloca é: se as  pessoas jurídicas - sociedades, associações, fundações e entes estatais - não possuem psiquismo, elas podem sofrer dano moral? Ora, é óbvio que é impossível que um evento danoso afete a honra subjetiva da pessoa jurídica, uma vez que ela não se confunde com as pessoas de seus sócios. Os sócios podem sentir dor física ou emocional, já a pessoa jurídica não. 

           Porém um evento danoso pode, sem sombra de dúvida, afetar a honra objetiva - nome, imagem - das pessoas jurídicas. E uma vez que se comprove o ato doloso ou culposo, o dano e o nexo causal entre o ato e o dano, nasce a responsabilidade civil do agente. 


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Lista de posts para poupar $, ganhar $ e/ou obter vantagem não financeira

Para ajudar os leitores a localizar com mais rapidez os posts que têm utilidade prática - são 74 até o momento - elaboramos as seguintes listas:

1 - Posts com dicas para obter lucro financeiro:

1.1 - Obtendo de volta parte da taxa de evolução de obra: 

1.2 - A importância de o trabalhador autônomo contribuir para o INSS:

1.3 - O direito à saúde: 

1.4 - A apresentação antecipada de cheque prédatado e o dano moral:

1.5 - Dano moral puro: desnecessidade de comprovar o sofrimento:

1.6 - Reparação por dano causado por buraco a veículo:

1.7 - Isenção de IR para as indenizações por dano moral:

1.8 - A fotografia como meio de prova:

1.9 - Dano moral por assédio sexual:

1.10 - Danos materiais causados por crianças:

1.11 - Equiparação salarial: 

1.12 - Obtendo a devolução de parte do IRPF mesmo quando não isento:

1.13 - Quando o concursado preterido tem direito à nomeação:

1.14 - Cartão de crédito não solicitado:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2015/07/cartao-de-credito-nao-solicitado-gera.html

1.15 - Obtendo a indenização do DPVAT após acidente de trânsito:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2016/08/seguro-dpvat-peculiaridades.html

1.16 - Dano moral por cobrança vexatória:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/05/cobranca-vexatoria-e-dano-moral.html


2 - Posts com dicas para evitar prejuízo financeiro:

2.1 - Limite máximo da multa moratória:

2.2 - Dívida de imposto prescrita: 

2.3 - Hipótese de redução das dívidas tributárias:

2.4 - A retrovenda e os seus perigos: 

2.5 - A Máfia do DPVAT:

2.6 - Revisando o contrato:

2.7 - O réu confesso e a presunção de inocência: 

2.8 - Doação de pai para filho com reserva de usufruto: 



2.10 - Como evitar prejuízos ao receber pagamentos em cheques:

2.11 - A importância de guardar recibos:

2.12 - Sobre a conveniência – ou não – de rediscutir os juros de empréstimos:

2.13 - Cuidados a serem tomados ao comprar uma máquina agrícola:

2.14 - Cuidado com o ‘sumiço’ dos documentos anexados aos processos:

2.15 - Cuidado com o que você posta:

2.16 - Dica para quem desconfia do próprio advogado:

2.17 - Dica para quem desconfia do próprio advogado II:

2.18 - Sobre a Assistência Judiciária Gratuita:

2.19 - Cuidado na hora de pagar:

2.20 - Colaborando com o seu advogado:

2.21 - Isenção de IPTU para viúvas:

2.22 - Desnecessidade de procurador para encaminhar pedidos de benefícios ao INSS:

2.23 - Sobre a utilidade da ata de tabelião:

2.24 - O perigo de sair do Fórum com dinheiro vivo:

2.25 - Solucionando um drama familiar:

2.26 - Cuidado com o status do facebook:

2.27 - A venda de bens oriundos de sinistros é isenta de ICMS:

2.28 - Quais são os bens considerados impenhoráveis:


2.32 - Evitando o IRPF na venda de imóveis:
http://leisimplificada.blogspot.com/2015/03/como-nao-pagar-irpf-sobre-venda-de.html

2.33 - A importância da boa-fé no preenchimento da proposta de seguro:
http://leisimplificada.blogspot.com/2015/03/a-seguradora-nao-quer-pagar-e-agora.html

2.34 - Cuidado na hora de comprar um imóvel em prestações:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2015/04/a-promessa-de-compra-e-venda.html

2.35 - Quando a má-fé pode dar à seguradora o direito de não pagar indenização:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2015/07/seguro-de-vida-e-suicidio.html

2.36 - Certidões gratuitas:
http://leisimplificada.blogspot.com/2015/08/certidoes-gratuitas.html

2.37 - Multa exorbitante no contrato de cursinho:
http://leisimplificada.blogspot.com/2016/07/multa-exorbitante-no-contrato-do.html

2.38 - Recorrendo de multa de trânsito:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2016/07/multa-com-notificacao-expedida-fora-do.html

2.39 - Responsabilidade por dano causado a veículo em estacionamento:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2016/08/dano-ao-veiculo-no-estacionamento-da.html

2.40 - O cheque voltou: o que fazer?
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2016/11/cheque-devolvido-o-que-fazer.html

2.41 - Quando o produto vem com defeito:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/01/o-produto-veio-com-defeito-e-agora.html

2.42 - Cuidados ao adquirir um imóvel:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/02/cuidados-ao-adquirir-um-imovel.html

2.43 - Isenção do IPVA de veículo apreendido:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/03/ipva-de-veiculo-apreendido-dispensa-de.html

2.44 - Evitando multa ao abrir um inventário:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/04/prazo-para-abertura-do-inventario.html

2.45 - Pagando imposto com títulos da dívida pública:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/06/titulos-da-divida-publica.html

2.46 - Cuidados ao adquirir uma empresa:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/07/sucessao-tributaria.html

2.47 - Fazendo a CNH sem gastar:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/10/cnh-social.html

3 - Posts com dicas para obter vantagem não financeira - ou evitar prejuízo não financeiro:

3.1 - Como evitar a perda de pontos na CNH após ser multado:

3.2 - Combatendo o abuso de autoridade:

3.3 - O direito de revistar pessoas em locais públicos:

3.4 - Diferença entre RPV e precatórios:



3.5 - O crime de sonegação fiscal e a suspensão da punibilidade:


3.7 - Como obter uma maior proteção jurídica para a propriedade rural: 

3.8 - Fazendo testamento em situações extremas:

3.9 - Os riscos da inadimplência: 
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2015/05/a-loja-pode-pegar-o-produto-de-volta-se.html

3.10 - Terreno sem saída:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2015/06/direito-de-passagem-x-passagem-forcada.html

3.11 - Alugando imóvel sem fiador:
http://leisimplificada.blogspot.com.br/2017/08/seguro-fianca-locaticia.html

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O produto veio com defeito, e agora?


O produto veio com defeito, e agora?

         Em algumas épocas do ano, as lojas fazem liquidações. Às vezes ocorre que as mercadorias vêm com defeito e os consumidores ficam com dúvidas a respeito de seus direitos. Vamos responder a algumas dessas dúvidas aqui. 

1 - Posso trocar um produto sem defeito simplesmente porque não gostei dele?

           Bem, se você comprou o produto em uma loja física e o mesmo não tem defeito, o lojista NÃO é obrigado a trocá-lo. As lojas costumam aceitar os pedidos de troca aqui no Brasil por uma questão de cortesia. 

2 - Posso desistir da compra de mercadorias adquiridas pela internet?

          Sim, caso você se arrependa de ter comprado algo da internet, você tem o prazo de 7 dias para comunicar a desistência ao vendedor e pedir o dinheiro de volta. Detalhe: você pode exercer o arrependimento mesmo que o produto não tenha nenhum defeito. 

3 - E quanto às compras feitas em lojas físicas?

        Nas compras feitas em lojas físicas, o consumidor tem o prazo de 30 dias para reclamar dos produtos defeituosos não duráveis e 90 dias para reclamar dos produtos defeituosos duráveis. Há que se guardar sempre a nota fiscal para comprovar que a compra foi feita naquela loja.

        Após a reclamação o lojista tem o prazo de 30 dias para resolver a questão. Se não houver solução nesse prazo, o consumidor poderá exigir, à sua escolha e por conta do fornecedor: o abatimento proporcional do preço, ou a complementação da quantidade (se veio produto de menos), ou a troca do produto por outro da mesma marca e modelo sem nenhum defeito ou a restituição do valor pago. 




quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Imunidade dos templos



      De acordo com a Constituição Federal, o Estado não pode subvencionar ou coibir o funcionamento de nenhuma religião, pois, do contrário, estaria violando o princípio da laicidade estatal.

            Justamente para que evitar que o Estado crie leis beneficiando uma religião e/ou prejudicando outras, a Constituição previu a imunidade tributária para TODOS os templos de todas as igrejas. Ou seja: as igrejas não são obrigadas a pagar impostos.

           Há quem discuta essa imunidade por conta de algumas igrejas que, em alguns lugares, têm seus prédios situados em terrenos que valem fortunas. 

              Mas aí há que se considerar que, se é verdade que algumas religiões têm milhares de templos e milhões de fieis, a ponto de o custo do IPTU não ser muito relevante, há outras religiões que têm poucos membros e que teriam dificuldades para se manter sem a imunidade.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Empresa inscrita no Simples é isenta da contribuição sindical


        Decisão recente da 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho - TST - entendeu que as empresas inscritas no Simples não são obrigadas a pagar contribuição sindical. A Turma estava julgando um recurso impetrado por um sindicato que se negou a autorizar o funcionamento de uma empresa aos domingos porque, no seu entendimento, tal empresa deveria fazer o recolhimento da contribuição para poder solicitar a autorização.

Dados do Recurso:

RR-589-58.2012.5.03.0035
Recorrente: SINDICATO DO COMÉRCIO DE JUIZ DE FORA
Recorrida: LUISES UTILIDADES LTDA


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Cobrança do INSS


       Causou alvoroço uma medida recente do INSS, que decidiu cobrar a devolução de valores que teriam sido recebidos a mais por alguns beneficiários por conta da acumulação indevida de benefícios. A autarquia federal enviou cartas cobrando, em alguns casos, valores expressivos. 

         Quem está em uma situação destas pode fazer um recurso administrativo no INSS e, se o recurso for indeferido, conversar com um advogado para analisar a viabilidade de se discutir judicialmente o débito. Há casos, por exemplo, em que se pode pleitear a declaração de prescrição de uma parte da dívida. A autarquia federal não pode, exigir judicialmente a devolução de valores pagos há mais de dez anos aos beneficiários. 

           Vejamos a seguir quais são os benefícios que não podem ser acumulados:

LISTA DE BENEFÍCIOS NÃO CUMULÁVEIS


1 – Aposentadoria com auxílio-doença;

2 – Aposentadoria com auxílio-acidente, exceto nos casos em que a data de início de ambos os benefícios seja anterior a 10/11/1997;

3 – Aposentadoria com auxílio-suplementar;

4 – Aposentadoria com outra aposentadoria, exceto nos casos em que a primeira aposentadoria tenha data de início anterior a 01/01/1967;

5 – Aposentadoria com abono de permanência em serviço;

6 – Auxílio-doença com outro auxílio-doença, mesmo se um deles for por motivo acidentário;

7 – Auxílio-doença com auxílio-acidente, quando ambos se referem à mesma doença ou acidente que lhes derem origem;

8 – Auxílio-doença com auxílio suplementar, observado que caso o requerimento de auxílio-doença for referente a outro acidente ou doença, ambos serão mantidos;

9 – Auxílio-acidente com outro auxílio-acidente;

10 – Salário-maternidade com auxílio-doença;

11 – Salário-maternidade com aposentadoria por invalidez;

12 – Renda mensal vitalícia com qualquer com qualquer outro benefício da Previdência Social;

13 – Pensão mensal vitalícia de seringueiro com qualquer outro Benefício de Prestação Continuada mantido pela Previdência Social;

14 – Pensão por morte com outra pensão por morte, quando o falecido era cônjuge ou companheiro, para óbitos ocorridos a partir de 29/04/1995;

15 – Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, com auxílio-reclusão de outro cônjuge ou companheiro, para evento ocorrido a partir de 29/04/1995;

16 – Auxílio-reclusão com outro auxílio-reclusão, quando ambos os instituidores que foram presos estiverem na condição de cônjuge ou companheiro, para evento ocorrido a partir de 29/04/1995;

17 – Auxílio-reclusão, pago aos dependentes, com auxílio-doença, aposentadoria, abono de permanência em serviço ou salário-maternidade do mesmo instituidor que se encontra preso;

18 – Seguro-desemprego com qualquer outro Benefício de Prestação Continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio –suplementar e abono de permanência em serviço;

19 – Benefício assistencial (Benefício de Prestação Continuada - BPC-LOAS) com benefício da Previdência Social ou de qualquer outro regime previdenciário.